"A FOTOGRAFIA OCULTA DE VIVIAN MAIER
Um documentário mostra a história de vida de Vivian Maier, uma fotógrafa que passou grande parte da sua vida adulta trabalhando como babá em um bairro rico de Chicago. Durante a segunda metade do século vinte, Maier registrou imagens das peculiaridades da vida urbana nos Estados Unidos. Dirigido por John Maloof e Charlie Siskel. Indicado ao Oscar 2015 de melhor documentário."
Isso é História, é Vida, é Fotografia:
ABFP Fotografias
Maier passou a sua infância na
França e após voltar para os Estados Unidos, trabalhou como babá por mais de 40 anos e durante este período, em seus dias de folga, fotografou a cidade de Nova Iorque, focando nas ruas, nas pessoas e nos edifícios, sempre com a sua câmera
Rolleiflex. Foram mais de 150 mil fotografias mostrando as pessoas e a arquitetura da sua cidade natal, além de
Los Angeles e
Chicago entre as décadas de 1950 e 1960. Vivian também fez viagens internacionais, como para
Manila,
Bangkok, Pequim,
Egito,
Itália, sempre registrando, fotograficamente, as ruas das cidades.
Caracterizada como uma mulher inteiramente independente e liberal, Vivian Maier tinha como objectivo transmitir a sua própria visão do mundo, caso a queiram ouvir ou não. Sendo uma pessoa muito pouco materialista, os seus pertences passavam por livros ligados à arte, filmes caseiros, revistas, entre outros. Com as suas fotografias, Vivian conseguiu fascinar o mundo através dos seus registos de um ambiente urbano.
Apesar estar responsável por crianças a tempo inteiro, Vivian nos seus tempos livres captava a sua visão do ambiente urbano da cidade de Nova Iorque através dos seus registos fotográficos. Contudo estas fotografias eram guardadas, pois mais ninguém sabia da sua existência, deixando assim um trabalho de aproximadamente 100.000 fotografias.
Vivian viveu uma velhice com dificuldades financeiras, chegando a morar em asilos pagos pelo previdência, até que alguns amigos compraram um apartamento em Chicago e passaram a pagar as suas contas. Entre estes amigos, estavam várias pessoas que Vivian cuidou quando
babá. Em 2009, Viviam faleceu em decorrência de lesões decorrentes de um tombo em que bateu a cabeça.
Por toda a sua vida, guardou as fotografias, os negativos e fitas de áudio com pequenas entrevistas que fazia com as pessoas que fotografava. Este material só foi descoberto em 2007, por John Maloof, que reconheceu o valor artístico e histórico do material, mas foi somente após a sua morte que houve o reconhecimento do seu trabalho e o material começou a ser reproduzido na internet e em revistas especializadas, além da publicação de livros com o seu acervo e exposições
Atualmente, o trabalho de Vivian Maier está a ser catalogado e simultaneamente arquivado para poder ser apreciado futuramente pelos demais. Já com 90% do arquivo construído, o trabalho de Vivian Maier torna-se um marco na arte da fotografia urbana.
Vivian foi uma mulher solitária, nunca se casou ou teve filhos. Vivian Maier poderia ter sido uma mulher qualquer, foi apenas uma babá, profissão que exerceu até os últimos dias de vida. Ela morreu aos 83 anos ao escorregar no gelo e bater a cabeça. Poderia ter sido esquecida, quase como se não tivesse existido, mas graças a um agente imobiliário que arrematou num leilão uma caixa com mais de 100 mil negativos, a memória póstuma de Vivian Maier tomou outros rumos."
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Fotografia sempre me deixou intrigada, não é todo o dia que encontramos um evento seja formal ou do cotidiano que se torna arte, já TODAS as fotos de Vivian Maier são olhares, brincadeiras, acontecimentos inesperados que se tornam arte, através de um simples clique. Suas fotos nos levam para o momento capturado por ela, todas as suas imagens são únicas!
Um documentário cercado de mistério, quem é Vivian Maier? De onde ela veio? Por que guardava tudo? Porque era baba? Porque nunca quis ser conhecida? Além da fotografia, essas perguntas são uma das coisas que nos atraem a Vivian, a construção da sua identidade, vinda da França, apaixonada por uma pequena loja de fotografia, onde tudo começa, até a sua chegada em NY e a descoberta de seu talento anos mais tarde…"
"John Maloof descobriu as fotos de Vivian por acaso, na verdade as caixas contendo todo o material, jornais, roupas, malas, pingentes, ficaram paradas por um ano em seu armário, assim que viu o que tinha em mãos Maloof começou a colocar as fotos de Vivian em blog e tentou descobrir algo sobre sua misteriosa fotógrafa, apenas uma menção a Vivian, em seu obituário de 23 de abril de 2009. Vivian Maier morreu na miséria, nunca quis mostrar seu trabalho, acho que até o final da vida, ela tentava se mostrar capaz, mas apesar de ter um olhar único sempre duvidou de si mesma. Mas graças a John conseguimos ver seu trabalho em livros, galerias, na internet e ficamos cada vez mais admirados com suas fotos!
É interessante vermos os dois lados dela, um em que era babá, pois, assim teria certo tempo livre e poderia levar as crianças para passear pela cidade e sair com sua câmera sempre no pescoço, retirando de fatos cotidianos sua arte. Outra é a de sua reclusão, sua solidão e o fato relato por algumas crianças que cuidou, dos maus-tratos. Onde em um mundo de luz, muito visto em suas fotografias, a luz influenciando um rosto, uma corrida, um passeio, temos o contrário suas fotos de acidentes, de notícias de jornais mostrando mortes, abusos, assaltos, todo gênio tem seu lado negro. Nunca poderemos saber realmente o que aconteceu com Vivian que a fez gostar de fotografar o lado maldoso da sociedade…
Este documentário foi mais que surpreendente, é incrível! Conhecemos a história de uma grande mulher que tinha uma talento incrível, mas nunca quis revelá-lo ao mundo, ficamos assim com uma curiosidade tanto sobre a vida de Vivian, quanto sobre a arte de fotografar."
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